quarta-feira, 31 de agosto de 2016

“O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO“ - PARTE 3- JOEL GOLDSMITH






Como temos apontado, um dos princípios básicos da vida espiritual é que, para a consciência transcendental, o poder temporal não é poder, tanto de natureza mental como física.


Somente a Graça de Deus é poder, somente a consciência realizada da Unidade, do poder uno e do não-poder de tudo mais além de Deus.

As preces falham porque tem sido uma tentativa de vencer um poder temporário que na realidade não é poder. 

Tais preces são o mesmo que tentar vencer uma miragem no deserto ou tentar vencer um fato em que duas vezes dois sejam cinco.

O mundo humano está repleto de poderes temporais: doença, dinheiro, política, guerra e preparativos para a guerra.

Como seria possível usar um poder sobre uma não-existência?

Persistir na velha prece de “Ó, Deus, vença nossos inimigos!” será perda de precioso tempo e energia, pois, tais preces jamais tiveram nem terão sucesso algum.

O esforço físico e mental, e finalmente a intenção de usar Deus para dominar os males deste mundo, deve falhar, porque eles não são poder e não precisam ser vencidos.

Unicamente a nossa aceitação da crença universal de que o mal é poder é que pode provocar nossa permanência prolongada nas condições malignas.

No instante em que aceitamos a Deus como Onipotência, nosso problema começa a desaparecer.

Quando percebermos que o Cristo-reino não é deste mundo e ainda que aquele Reino é o único poder no mundo, então, quando formos apresentados a uma aparência do mal, não importando o que ou quem possa ser ela, nós pararemos e nos perguntaremos: “Isto é poder espiritual? 

Esse mal é poder de Deus? Pode haver um poder do mal vindo de Deus? Tal pretensão de poder não é, portanto, apenas poder temporal?

O ensinamento integral do Mestre foi a revelação do não-poder do que aparecia como poder. 

Ao homem cego, ele disse: “Abre teus olhos”; sabia que não havia poder para mantê-los fechados. 

Ao homem de mão mirrada, ele foi capaz de dizer: “Estende tua mão”; sabia que não existia um poder que tolhesse a mão dele.

O ministério inteiro de Jesus foi a revelação de que o chamado “este mundo”, enquanto existir, – e lhe foi dada a missão de dissolvê-lo – não existe como poder, existindo tão somente como uma aparência. 

Esta realização nos possibilita ficarmos sentados em quietude e em secreto, discernindo: 
Deus, somente, é poder. Isso que me tem confundido, e com que venho lutando, é uma aparência que retenho em meu pensamento como uma imagem mental; não é realmente uma coisa. 



Eu não posso vencer uma batalha contra o nada, mas posso relaxar-me em quietude e em secreto, e perceber que esse quadro com que estou me deparando nada mais é que um quadro – não uma pessoa ou uma condição, mesmo que ele possa aparecer como pessoa ou como condição.












terça-feira, 30 de agosto de 2016

O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO - PARTE 2- JOEL GOLDSMITH








Os antigos gregos diziam: “Homem, conhece-te a ti mesmo”. Esse “Ti” não é outro senão o filho de Deus em nós.

Há uma parte de nosso ser, uma área de nossa consciência, que é o filho de Deus; e quantos de nós possui qualquer conhecimento dessa parte do ser, ou possui qualquer familiaridade com este nosso SER mais íntimo?

Como poderemos conhecer aquele filho de Deus em nós? Somente nos volvendo para nosso interior, onde o reino de Deus está, reservando um tempo para ficarmos a sós e buscando o reino de Deus dentro de nós.

Se formos pedir algo a Deus, então peçamos a Deus que Se revele, que mostre o filho de Deus em nós, que revele a natureza de Sua graça e do reino espiritual e a natureza das riquezas celestiais das quais somos herdeiros.

Ao nos dedicarmos à busca desse reino espiritual, descobriremos nosso mundo exterior se ajustando em seu lugar por si mesmo; as coisas começam a acontecer; e, de repente, despertamos para a descoberta de que a graça de Deus nos tem trazido algo de natureza incomum na forma de cura, suprimento, companhia, ou de um instrutor para abrir os nossos olhos.

Mas estes não vêm enquanto estivermos orando por eles. Surgem, não devido aos nossos pensamentos ou orações, mas pela retirada deles de nossos pensamentos, deixando Deus cuidar de nossas necessidades à Sua maneira, enquanto centralizamos nossa atenção naquilo que o reino Deus permanentemente é.

Todas as coisas duradouras do reino material nos são acrescentadas quando não oramos por elas, quando buscamos somente o Reino, quando nosso pensamento não está mais nas coisas “deste mundo”, mas está centralizado no reino espiritual.

Quando tivermos progredido o suficiente neste Caminho, seremos também tentados, como foi o Mestre, a usar o poder espiritual, e é quando precisaremos resistir à tentação de realizar milagres e sermos guiados pela sabedoria espiritual do Mestre, de não glorificar ou nutrir o ego.

Se pudéssemos transformar pedra em pão, não precisaríamos de Deus, e nós, que trilhamos este caminho espiritual, preferimos ficar famintos a procurar nossos próprios recursos sem recorrermos a Deus.

Seria trágico chegar ao ponto de acreditar termos atingido uma elevação tal em que Deus deixasse de ter mais lugar em nossa vida. 

Então, melhor que tentar realizar um milagre, que seria uma mostra de nosso poder, será deixarmos a tentação de orar mentalmente por pessoas, condições ou circunstâncias, e fazer de nossa vida uma prece de busca espiritual e graça espiritual e uma prece para compreensão da natureza das riquezas espirituais e preenchimento espiritual.

Que significa este preenchimento?

Que significa “em tua presença está a alegria plena”?

Como pode aquela plenitude ser interpretada e expressa? 

Que é a totalidade de Deus?

Quando buscamos a compreensão desta sabedoria espiritual, todas as coisas nos são acrescentadas, aparecendo em seu devido tempo, sem os nossos pensamentos; precisamos apenas realizar tudo o que nos é dado fazer a cada hora de cada dia, e realizá-lo dando o máximo de nossa habilidade, mantendo a nossa mente centralizada em Deus, nas coisas de Deus e no reino de Deus.







segunda-feira, 29 de agosto de 2016

“O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO” - PARTE 1 - JOEL GOLDSMITH







Viver no Meu reino significa viver no círculo da eternidade.


“Este mundo” é o mundo da humanidade, mas o Meu reino é de natureza completamente diferente.

O Meu reino não é o reino da saúde física.

O Meu reino não é o reino das riquezas materiais. 

Todos sabemos o que constitui a saúde física, mas o que vem a ser a saúde do Meu reino?

Que vem a ser a saúde do Reino espiritual?

Que é o estado de saúde de Deus e o estado de saúde do filho de Deus?

Nós sabemos do que são constituídos o suprimento e a saúde materiais, mas que são as riquezas celestiais?

Quais são as riquezas celestiais de que somos herdeiros e ainda não estamos compartilhando no cenário humano?

Elas nada podem ter a ver com coisas tais como dinheiro, investimentos ou propriedades, porque “o Meu reino não é deste mundo”.

No caminho espiritual, portanto, não há sentido irmos ao “Meu reino” para obter algo para este mundo.

Devemos, primeiramente, buscar o reino de Deus; devemos aprender a orar de forma que orando a Deus do Espírito, estaremos orando apenas por riquezas celestiais, saúde espiritual e companhia espiritual.

Enquanto estivermos tentando obter riquezas materiais, saúde física ou companhia humana, estas coisas poderão ser conquistadas, e serão às vezes bem e às vezes mal, pois, toda materialidade é feita da crença em dois poderes – o bem e o mal.

Porém, se mantivermos nossa consciência afinada com a Realidade espiritual e conservarmos nossos desejos no plano do Ser e da forma espirituais, iremos experienciar a alegria e a paz da unidade espiritual.

Procurar conhecer a natureza das riquezas celestiais, da saúde espiritual e da companhia espiritual, não significa buscar algo de natureza humana ou material; antes, significa repousar na Graça do Reino espiritual.

A palavra “Graça” não pode ser traduzida por coisas como dinheiro, lar ou família. 

Precisamos manter o sentido da palavra “Graça” em seu devido lugar, e se este significado não estiver sendo entendido por nós, podemos sempre orar para que Deus revele Sua Graça para nós.

A libertação de problemas antes que tenhamos atingido a sabedoria espiritual meramente abre caminho para outro problema, ou sete problemas, até que sejamos compelidos a orar corretamente.

Por exemplo, se uma dor de cabeça ou outro mal qualquer puder ser removido, sem nos exigir um avanço em compreensão espiritual, o que teremos ganho, senão apenas um período sem uma dor de cabeça?

Mais cedo ou mais tarde, uma outra surgirá, e eventualmente, seremos forçados a parar e perceber que este problema permanecerá conosco sempre, a menos que seja encarado com a sabedoria necessária.

Da mesma forma como Jacó discutiu a noite toda com o anjo, rogando que não o deixasse sem que ele antes recebesse sua iluminação ou a verdade espiritual necessária para vencer, assim também nós devemos permanecer em oração.

Somente os nossos problemas nos compelem a buscar o bem espiritual. Em sua maioria, os seres humanos estão satisfeitos com boa saúde, uma provisão suficiente e uma moderada felicidade na vida familiar, e quando tais necessidades são atendidas, muitos sentem que resta muito pouca coisa a ser desejada na vida.

Mas, aqueles a quem foram confiados problemas, não por Deus, mas pela ignorância de Deus, e se veem forçados a passar por várias experiências, sabem que sem elas nunca teriam se erguido acima do nível de bons seres humanos.

Viver a vida espiritual e orar de modo correto significa pormos de lado o problema e começarmos com a realização de que o reino de Deus não é deste mundo, e assim se tornará inútil orar por algo que seja deste mundo.

Vamos, portanto, aprender a orar por aquelas coisas que são do Meu reino, e buscar unicamente a graça daquele reino.

Nossa função, no caminho espiritual, é aprender em que consiste o reino de Deus. Isaías disse: “Cessai, pois, de confiar no homem, em cujas narinas há um sopro, porque somente Deus é que é o Excelso”.

O ser humano é aquele homem “em cujas narinas há um sopro”.

Por que deveríamos, então, pensar em formas de tornar aquele homem melhor, mais saudável ou mais rico?

Por que pensar sobre ele, quando podemos pensar sobre o filho de Deus?

Mas antes, precisamos saber o que é o filho de Deus.











domingo, 28 de agosto de 2016

A EXPERIENCIA DE DEUS - 2 (Final) -JOEL GOLDSMITH





O objetivo inteiro de nossa presença neste plano de vida é alcançar a conscientização de Deus, chamada “a volta ao Pai”. 



Quando isso acontece e nossa unidade com Ele se efetiva conscientemente, todos os estados negativos, todas as crenças equivocadas, são desmascaradas e diluídas, porque não têm realidade própria e nem pertencem à nossa natureza real. 


Deus passa a ser a vida de nosso Ser; o sustentáculo, o suprimento, a orientação, a inteligência, o valor moral, o amor todo-serviçal, a natureza pacífica e harmoniosa! 


Chegamos à compreensão total do que seja Deus aparecendo como eu ou como você. 


Tendo-O em nós, vemos, sentimos e pensamos através d’Ele, passando a ver o Divino em cada irmão e a amá-lo com a nós mesmos. 


Só Ele, que é amor, pode permitir-nos transcender o “amor próprio bem humano”, para alcançar uma visão real de nossa natureza essencial e da de nosso semelhante!


Uma vez tocado por aquele Algo, você terá a interna segurança de que Ele está sempre em você e que nunca o deixará e nem o abandonará. 


Ainda que você chegue a passar horas, dias ou mesmo semanas inteiras em que dirá: "sinto-me totalmente isolado de Deus” - depois se certificará de que Ele jamais Se manteve afastado de você, mas você é que se rodeou momentaneamente da nuvem de negativismo que não Lhe permitia vê-Lo. 


Depois das primeiras experiências ser-lhe-á mais fácil conscientizá-Lo e libertar-se rapidamente dos estados negativos, irreais.

Isto nos leva a compreender melhor a nossa relação com Deus, do Qual somos imagens e semelhanças como Consciência. 

Na medida em que sabemos ser Consciência e nos sentimos como tal, damos uma grande passo para a sintonia com Ele. 


Pense: Você é o corpo?  



NÃO. Você tem consciência de seu corpo mas não se localiza em nenhuma parte dele. 


Apenas sente que ele é seu mas que você não é ele, você é mais:  
É Consciência que está no corpo e além dele, percebendo seus sentimentos, seus pensamentos, e também as coisas de fora: seu lar, as pessoas.



E se for além, perceberá que você pode conceber a Terra, a Lua, as estrelas, porque você as abrange como Consciência e tudo está dentro de você. 


Por isso é que você é inconfinável e está além do corpo e das coisas. 


Em Deus, a Consciência que é você, é infinita; e através d’Ela você é um com Deus, descobrindo que a Consciência é uma só: DEUS ONIPRESENTE.











sábado, 27 de agosto de 2016

A EXPERIÊNCIA DE DEUS - 1 - JOEL GOLDSMITH




Os nomes ou as palavras não são as coisas: são meios para designarmos nossas ideias das coisas. 

Deus, como palavra, é algo abstrato, mas como experiência interna é realidade viva. 

Os homens brigam por causa de palavras diferentes que querem dizer a mesma coisa, mas os realizados se identificam e se abraçam pela vivência da mesma realidade, concebida de formas muito diferentes.
Jesus considerava Deus como Pai e introduziu esta designação no Ocidente. 

Jesus dizia: “O Pai que está em mim”; “meu Pai trabalha até agora”; “quem vê a mim vê ao Pai que me enviou”; “não crês que estou no Pai e o Pai está em mim?”; Eu e o Pai somos um”. 

Quando nos referimos a Deus como Pai, naturalmente pensamos num forte poder em que podemos confiar, numa vigorosa Presença que nos ampara e mantém, ou num poder disciplinador - não no sentido de um Pai humano, pois seria absurdo atribuir-Lhe as falhas e natureza masculina de um homem terreno. Mas na Índia, embora às vezes O chamem de Pai, a designação mais comum é a de Mãe, que acabou sendo introduzida na Europa e aplicada por muitos europeus. 

Com o tempo acabaram empregando o conceito de Pai-Mãe, numa amálgama Ocidente-Oriente. Os Quakers introduziram na América do Norte essa denominação de Deus Pai-Mãe e a Ciência Cristã a adotou. 

Desse modo, os atributos maternos de suave presença, de desvelado amor, de influência protetora, se uniram às qualidades masculinas anteriormente citadas, formando uma nuvem amorosa e forte em torno de nossos ombros, e de luz em volta de nossos pés.


Todavia, a natureza divina deve ser concebida como uma vivência que dispensa qualquer nome. 

Se você lhe der um nome, este não é Deus. Isto só o entendem aqueles que já o contataram internamente. Estes podem chamá-lo de Amigo, como fazia Abraão no Velho Testamento. 

Se Jesus chamou Deus de Pai, mesmo estando em perfeita união com Ele, é por questão de ensino. Pois ele mesmo, em fusão completa com a Presença divina preferia dizer: 
“Eu Sou”; “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida”; “Eu Sou a videira”; “Eu Sou a porta”, etc.. 

Deus, quando Se manifestou a Moisés, falou a mesma coisa, em unicidade: “Eu Sou o que Sou”: inominado.

O propósito ou objetivo de O Caminho Infinito não é o de fazer-nos capazes de atribuir um nome a Deus, mas de termos a experiência de Sua Presença, até ao ponto em que Ele seja tudo em nós, embora revelado por nossa maneira individual. 

A mais elevada prece, a mais alta meditação, é a que elimina inteiramente todas as opiniões preconcebidas, crenças, etc., e, abrindo-nos em receptividade, leva-nos a dizer: 

“Pai, revela-te!”


Havendo sentido e compreendido que Deus não é Pai e nem Mãe, nem Lei ou Princípio ou Vida, mas é Tudo ou o Todo, lançamos fora os conceitos e, ao chamá-Lo Pai, vir-nos-á um “sentimento” e uma “consciência” do Todo que Ele é, que o intelecto não pode captar, mas o coração pode sentir com mais amplitude e fidelidade.


Meu conceito de Deus é de uma Presença indescritível. Conheço-O através de um “sentimento”; sinto-Lhe a Presença em todo o meu ser - em meu tórax, na ponta dos pés, em meus braços. 

A circunstância externa não influi; ainda que eu esteja rodeado de desarmonias, mantenho-me consciente de Sua Presença como Luz a circundar-me, a abençoar-me, e a inspirar-me, fazendo de mim uma bênção, para diluir estados negativos e restituir a divina ordem.

Ampliamos este assunto acerca da natureza de Deus, não para que você possa ganhar um maior conhecimento da verdade, mas para que procure uma elevação de consciência e possa realizar a aspiração de Jó:  
“Ainda em minha carne verei a Deus”. 

Sabemos que Jó, no final de seu livro, conversou com Deus. Isto virá a acontecer a todo aquele que persistir fiel e perseverantemente no caminho espiritual, num gradual erguimento de consciência, até ao ponto em que Deus lhe seja uma realidade viva.
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Depois disso, se alguém lhe perguntar: 
“Quem ou que é Deus:” - ele simplesmente sorrirá, porque não haverá mais nada a dizer ou fazer. 
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Se alguém me fizesse a mesma pergunta, não saberia o que dizer. 

Uma vez que sentimos Deus, já não sabemos defini-lo. 

Parece uma incoerência, mas não existem palavras para descrevê-Lo e nem modos para ilustrá-Lo. 

Se uma pessoa nos perguntasse acerca do gosto de uma fruta que jamais experimentou, a mais simples e cabal explicação seria a de lhe dar um pedaço para experimentar 
(...) Mas com Deus (...) melhor é apontar o íntimo e mandá-lo experimentar.

Só quando atingimos aquele estado interno em que podemos sintonizá-Lo e pedir-Lhe: “Pai revela-Te”, e Lhe sentimos a Presença, é que podemos ter a compreensão espiritual a Seu respeito, porque “o que é espiritual se discerne espiritualmente”.











sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A ONIPOTÊNCIA DO EU SOU - JOEL GOLDSMITH







Ao testemunhar os males do mundo, se eles surgirem em sua vida ou na de seus familiares, vizinhos ou em sua nação, certifique-se de estar cobrindo os dois princípios maiores de O Caminho Infinito: primeiramente, abra a porta de sua consciência e admita o Eu;  a seguir, faça o reconhecimento:



Não se atemorize.

Eu estou com você.

Não tema com relação àquele que está lá fora:
Eu sou Ele. Eu estou aqui, e Eu estou lá.

Não tema:
Eu, em seu âmago, sou poderoso.
Eu sou vida eterna. 
Eu sou o Caminho.
Apenas confie em Mim.

Não tema perigo algum, pois não há poder algum externo a você. 

Eu, em seu âmago, sou poder infinito, o poder-total, o único poder.

Viva pela Graça, pois Eu sou o seu alimento, seu vinho, sua água. 

Eu posso dar-lhe a água que, ao ser bebida, fará com que jamais volte a ter sede.

Eu tenho alimento que você não conhece.

Eu sou a ressurreição. 

Eu sou o Caminho para a sua paz;

Eu sou o Caminho para a sua abundância;

Eu sou o Caminho para a sua segurança.

Eu sou a rocha.

Eu sou a fortaleza.

Eu sou a muralha.

Habite em Mim, e permita-Me habitar em você,
e mal algum o atingirá.

Nenhuma arma apontada a você irá produzir qualquer efeito.
Por quê?
Porque elas todas são sombras; não são realidades; não são poder. 

Eu, em seu âmago, sou onipotência, o único poder.

Estas flechas, estes dardos envenenados, estes germes,  
estas balas, estas bombas: 
são todos sombras. 
São crenças num poder apartado de Mim.  
São a crença universal em dois poderes.

Acredite em Mim como Onipotência.


Você não estará na Mística até que tenha aberto a sua consciência e aceito a Verdade de que Eu, em seu âmago, sou Ele, este Cristo encarnado em você, e que a Anunciação significa o nascimento do Cristo em você.

Mas, quando aceitar isto, 
não se esqueça de que o trabalho somente estará completo quando você associar a onipotência do Eu sou, 
que é o primeiro princípio de O Caminho Infinito, 
com o segundo, que é o “não-poder” de tudo aquilo que estiver aparecendo como o mundo do efeito.
















quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O TOQUE DA MENTE DE CRISTO - JOEL GOLDSMITH









 
Caso se defronte com um problema, seja seu ou de algum paciente, não o arraste à sua meditação.

Ao dar um “tratamento” , o propósito será o de se lembrar da Verdade do ser, e elevar-se a um estado de receptividade, a um grau de consciência que lhe permita ficar tranquilo e deixar que a Mente que estava em Cristo Jesus, esteja também em você.

Quando tiver o sinal de que tocou esta Mente, ou de ter sido tocado por ela; quando ouvir esse efeito-resposta dizer a você: "Tudo está bem!", "Está feito", ou "Eu estou aqui",  quando você sentir que um peso caiu de seus ombros;  ou quando tiver a sensação de uma leveza interior,
isto será a prova de que "Ele está com você".

Este é Aquele que desempenha aquilo que é dado a você fazer - esta Presença suave, este Cristo interior, este Espírito de Deus.

Uma vez sentido este "click", será como se você O tivesse libertado; e então, como uma transmissão de rádio,  Ele sai e cobre todo o mundo, a fim de que,  seja o que for que você devesse alcançar, seja alcançado por este Espírito, que foi contatado ou compreendido.

Será como se você tivesse pressionado um manipulador de telégrafo aqui e,  no mesmo instante, a mensagem fosse recebida do outro lado, em Nova Iorque, Londres ou Paris.


                     

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O BEM E O MAL EXISTEM APENAS PARA A MENTE HUMANA -JOEL GOLDSMITH







Ficaremos sem “mente carnal/humana” à medida que conscientizarmos que, neste mundo todo, o bem e o mal não existem como entidades. 
Portanto, mesmo pensar ou dizer que tal pessoa, coisa ou condição sejam boas, significa permitir que a mente carnal nos controle.

Há somente um Ser, uma Essência, um Poder, e este é Consciência – Deus. A Consciência não é boa nem má: Ela simplesmente É.


Para ser boa ou má, a Consciência teria que ter um oposto, e Ela teria que possuir graduações.
Não há opostos em Deus; não há graduações em Deus: Deus é infinito; Deus é onipresente, onipotente, onisciente, o que impede que haja espaço para oposição, opostos, limitações ou finidade. 
Ao permitirmos que limitação e finidade operem em nossa consciência, estaremos trazendo a mente carnal à nossa experiência.

A mente carnal não é sobrepujada através de lutas contra ela, mas através do reconhecimento de que ela se compõe de uma crença no bem e no mal.

O que vimos não quer dizer que deixaremos de reconhecer o bem e o mal em nossa vivência cotidiana.


Naturalmente, nós reconhecemos que uma condição de saúde é uma experiência melhor em nossa vida do que a de doença, e um dos frutos da vivência espiritual é um senso máximo de saúde que podemos estar agora desfrutando.

Assim, enquanto é verdadeiro que humanamente aparentemos ser compelidos a reconhecer as limitações do bem e do mal, deveremos reconhecer que a Consciência não incorpora dentro de Si mesma quantidades ou qualidades de bem e mal, ou de limitação.

Ao nos envolvermos com a rotina das atividades diárias, internamente manteremos nossa percepção espiritual do Eu como consciência individual e o reconhecimento de que tudo que surgir em nossa experiência como pecado, doença, morte ou limitação é a mente carnal, o “braço de carne”, ou seja, nenhuma mente.

Não negaremos que haja maus motoristas, motoristas alcoolizados, descuidados ou incompetentes nas estradas. 

Enquanto o quadro humano for considerado, os trajetos estarão cheios de pessoas boas e más; mas, ao assim reconhecermos, assumiremos nossa postura espiritual: “Sim, esta é a aparência decorrente da crença no bem e no mal –mente carnal–, mas ela não é poder: não é ordenada ou mantida por Deus. Simplesmente é o “braço de carne”.

Através de nossa experiência humana, não poderemos evitar de tomar conhecimento de pecado, doença e pobreza no mundo, condições que no mundo estarão enquanto existir uma raça humana que não tenha se emancipado. 

Enquanto perdurar um mundo fundamentado na crença no bem e no mal, estes quadros estarão aqui para serem vistos: doença por toda parte, morte, insanidade, e todas as demais coisas componentes da mente carnal.

O que irá determinar a harmonia de nossa experiência é a nossa reação a estes quadros, não por escondermos nossas cabeças na areia, afirmando ou declarando que eles não existem, mas por fazermos o reconhecimento: “Sim, eles são o braço de carne”. Têm poder temporal. Eles são poder para um mundo que crê no bem e no mal, mas não são poder para mim. Eu sei que existe somente um Poder”.

No início e nossa jornada espiritual, meramente saímos de um conceito mortal de mal para um conceito melhorado de vida humana, com mais saúde, mais prosperidade ou felicidade.

Contudo, não é este o nosso objetivo final de vida. 
Este objetivo final é a realização espiritual, que eventualmente erradica a ambos os conceitos de vida humana: o bom e o mau.







Joel S. Goldsmith

terça-feira, 23 de agosto de 2016

O APARENTE MAL É UM HIPNOTISMO UNIVERSAL - NÃO É PESSOAL - JOEL GOLDSMITH








Todo mal, de qualquer nome ou natureza, é produto de um hipnotismo, ou má-prática universal, baseada na crença em dois poderes, e descrita por Paulo como mente carnal.

Qualquer discórdia à nossa frente nada mais é que este senso mesmérico. 
 
Não se trata de uma crença minha ou sua: trata-se de uma crença universal, sob a qual nos colocamos, em virtude da nossa ignorância da Verdade.


Através da atividade da mente carnal, operando universalmente, submetemo-nos a este hipnotismo desde o momento da concepção; e, se estivermos vivendo sob a lei do bem e do mal, tudo poderá acontecer. Ou nos sujeitamos à mente carnal universal, às suas crenças e atividades, ou atenderemos mais e mais ao impulso espiritual.


Exemplificando, quando no outono caem as primeiras chuvas frias, provavelmente três ou quatro, dentre dez pessoas, pegam resfriado, não por causa de seus pensamentos errados, mas devido ao hipnotismo universal oriundo desta crença em dois poderes.

Tal hipnotismo pode ser quebrado pela conscientização de que não é preciso nos sujeitar ao mesmerismo do mundo, e pela compreensão de que o hipnotismo, ou mente carnal, não é de Deus; não é espiritualmente ordenado, não é sustentado por nenhuma lei espiritual. Concluindo: ele não é poder.


Nós não lutamos contra o hipnotismo ou mente carnal; não discutimos com ele; não tentamos destruí-lo nem tentamos nos elevarmos acima dele. 
 
Para nós, o hipnotismo e a “mente carnal” são meramente nomes que identificam o bem e o mal como a essência de toda limitação, mas tão logo sobrepujemos a crença nos poderes do bem e do mal, iniciamos a dissolução da origem de nossas discórdias e desarmonias.


Quanto mais vivermos na conscientização de que não precisamos de nos sujeitar ao hipnotismo universal da crença mundial em dois poderes, mais nos libertaremos daquela influência para vivermos sob a Graça e não sob a lei.

Quando compreendermos a Deus como Onipotência, poderemos, então, perceber que o hipnotismo, o mesmerismo, a mente universal, ou a crença universal em dois poderes, não são poder; e, à medida que percebermos isto, proporcionalmente nos libertaremos.


Esta crença universal da mente humana ou carnal somente pode atuar como poder por causa da nossa aceitação da mesma; mas, em si e de si mesma, inexiste qualquer poder na sugestão de um ser apartado de Deus ou de uma presença ou poder apartados de Deus.

A única presença é Onipresença. 
 
Embora possamos acreditar que vemos um fantasma, embora possamos ver pecado, doença, ou morte, a única presença é a Onipresença.


Deus é o único poder, a despeito das aparências, e Deus é onisciência, todo-sabedoria. 
 
Portanto, não temos de conhecer coisa alguma sobre a atividade da mente ou do corpo; tudo que nos cabe fazer é descansar na onisciência de Deus, repousar em Sua sabedoria infinita. 
 
Ao permanecermos na Onisciência, Onipotência e Onipresença, poderemos convictamente afirmar: “Ah, sim! Não há presença alguma nem poder algum ao lado de Deus, e isto a que chamamos de crença em dois poderes – a mente carnal – não é poder. Isto não pode atuar sobre o homem nem através dele,”


O mal é impessoal


Todo mal é impessoal: não há pessoa em quem, sobre quem, ou através de quem ele possa operar. Seja uma alegação de tempo, de doença, ou de carência – seja qual for o nome ou a natureza do mal – o mal é impessoal. 
 
Não teve sua origem em mim, em você ou em qualquer pessoa, lugar, coisa ou condição. 
 
A raiz do mal é a mente carnal, ou a crença em dois poderes; e a crença de que existe poder na doença, no pecado, na carência, é o hipnotismo causador de toda a discórdia no mundo.


Ficaremos sem “mente carnal” à medida que conscientizarmos que, neste mundo todo, o bem e o mal não existem como entidades.

Portanto, mesmo pensar ou dizer que tal pessoa, coisa ou condição sejam boas, significa permitir que a mente carnal nos controle.

Há somente um Ser, uma Essência, um Poder, e este é Consciência – Deus. A Consciência não é boa nem má: Ela simplesmente É.

Para ser boa ou má, a Consciência teria que ter um oposto, e Ela teria que possuir graduações.
 
Não há opostos em Deus; não há graduações em Deus: Deus é infinito; Deus é onipresente, onipotente, onisciente, o que impede que haja espaço para oposição, opostos, limitações ou finidade.

Ao permitirmos que limitação e finidade operem em nossa consciência, estaremos trazendo a mente carnal à nossa experiência
 

A mente carnal não é sobrepujada através de lutas contra ela, mas através do reconhecimento de que ela se compõe de uma crença no bem e no mal. 
 
 
 
 
 


                      

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A NATUREZA DO ERRO OU APARÊNCIAS- JOEL GOLDSMITH





A história do mundo registra centenas de místicos que se elevaram tão alto em consciência a ponto de conscientizarem o Eu; no entanto, muitos jamais conseguiram desfrutar uma vida feliz, saudável e bem-sucedida, nem formaram um corpo de alunos capaz de revelar ao mundo a harmonia divina aqui disponível para todos. Por quê?

Por quê, apesar de terem atingido tamanha elevação, continuaram às voltas com as discórdias deste mundo? Eis o motivo: não captaram a importância e o significado da natureza do erro. 



Sem uma compreensão da natureza do erro, este mundo não será, na próxima geração, diferente do atual. 


Todos sabemos que tem havido várias revelações do Eu, mas, igualmente, sabemos que estas revelações não salvaram o mundo. 


A revelação da natureza do erro, combinada com a revelação do Eu, poderá cumprir este objetivo e irá fazê-lo. 



Uma compreensão do não-poder do efeito é essencial.



É verdade que a natureza do erro foi ensinada, em certa escala, nos primeiros anos de ensino e cura metafísicos, mas o real significado do princípio da nulidade e não-poder da doença não foi entendido. 


Acreditou-se que a mente, que foi tornada um sinônimo de Deus, era o poder que curava a doença; em resumo, que Deus era o poder que a removia. 


Contudo, se você aceitar a Verdade de que Deus é onipotente, logicamente concluirá o seguinte: “Ora, então nada, senão Deus, é Poder”. 


Isto implica a impotência de toda e qualquer coisa que se lhe apresente como poder, seja ela pessoa, circunstância, coisa ou condição. Poderá encará-la objetivamente e perceber quão impossível seria ela ser um poder ou possuir um poder, sendo que Deus é onipresente e onipotente, a única Presença e o único Poder. 



Quanto mais conscientes ficamos da natureza de Deus como Onisciência, Onipotência e Onipresença, mais nos tornamos conscientes do não-poder deste mundo do efeito. 


Talvez você fique imaginando qual seria o motivo que provocou a não-descoberta deste princípio pelos antigos místicos, e a resposta é que suas mentes estavam condicionadas, assim como alguns dos místicos atuais estão condicionados. Eles acreditavam que o “karma” é poder, mais poderoso até que Deus, ou acreditavam que Deus se utiliza do mal para alcançar Seus intentos. Estavam tão condicionados, que não podiam abrir mão de sua crença no poder do pecado, doença, falsos desejos, carência e limitação. Isto é o que dificulta explicar este princípio àqueles que não se deixaram conduzir internamente a este ensinamento. 


Os que conseguiram fazê-lo, puderam logo aceitá-lo e compreendê-lo, certamente por já terem tido a oportunidade de comprovar o não-poder do erro de uma forma ou de outra. Contudo, seja qual for esta experiência, isto é somente um começo. 



Os poderes deste mundo não são poder na Presença de Deus 



Como fazem milhares de pessoas da atualidade, séculos atrás, também os hebreus oravam a Deus pela destruição dos males de seu mundo, mas nunca eles eram destruídos.

Desde o advento do Cristianismo, os cristãos têm orado a Deus para vencer os males de seu mundo, e estas preces, igualmente, nunca foram bem-sucedidas. Pessoas de outras religiões e ensinamentos têm feito preces para dominar os males de seu mundo, mas estes não foram dominados. E isto jamais ocorrerá, a menos que haja o reconhecimento de que estamos todos perdendo tempo enfrentando o mal. 


Se Deus pudesse combater o mal, não precisaríamos orar a Ele para que assim o fizesse. Deus faria isto sem necessitar de nossas súplicas. 



Não comece falando a Deus sobre algo que Ele não esteja já fazendo. 


A sabedoria de Deus é infinita – não a sua, mas a sabedoria de Deus. 


A sua sabedoria passa a ser infinita quando você “morre” o suficiente para as suas teorias, suas crenças, seus conceitos, e, em meditação, você se abre em consciência para receber a sabedoria de Deus. 



Somente assim, a sua sabedoria será infinita, por já não ser mais sua, mas a sabedoria de Deus. 



Em suas meditações, eventualmente, você chegará a uma profunda comunhão com Deus, entrando em tabernáculo com Ele. 


Esta Presença é tão real e tangível quanto qualquer coisa que você tenha conhecido, ou até mesmo muito mais real; e, ao começar a comungar com este Espírito, através de suas meditações, Ele, em seu íntimo, logo o convencerá de que os poderes do mundo não são poder, e mais especialmente, de que os poderes malignos do mundo não são mal algum.


De fato, nada é mal, exceto quando o pensar o torna assim. Aceitá-lo o torna assim; porém, em si e de si mesmo, o mal não existe. 



Em qualquer grau de cura espiritual que você tenha experienciado, você já obteve a prova desta Verdade. 


Em outras palavras, se esteve com um resfriado, que supostamente era um poder, e obteve uma cura espiritual, então irá saber que isto provou que o resfriado não era o poder que ele alegava ser. 



Se você teve uma doença mais séria, e através de sua própria consciência, ou consciência espiritual de alguém, pôde observar o sumiço da dor e dos sintomas, e a conseqüente restauração da harmonia, tudo o que realmente você experienciou foi a nulidade daquilo que estava surgindo como uma doença, porque se ela fosse alguma coisa, continuaria existindo como essa coisa. 



O próprio fato de ela ter desaparecido sem o uso de medicamentos materiais, cirurgia, ou outras aplicações de qualquer tipo, significa que não era, de fato, aquilo que alegava ser.