domingo, 31 de julho de 2016

JESUS NÃO FUNDOU NENHUMA IGREJA - JOEL GOLDSMITH






Jesus não fundou igreja alguma. Pregava nas sinagogas dos hebreus e pelos caminhos em que passava. 

Ensinava com base no Antigo Testamento, corrigindo, contudo, muitas crenças religiosas errôneas da época, procurando tornar aquelas sinagogas menos mercenárias. 

Não estava de acordo com o costume hebreu de criar doutrina, credo e cerimonial de importância. 

Não acreditava em suas preces de longa duração, em sacrifício de animais, etc., mas acreditava em adorar um único Deus, sem quaisquer ídolos, lembrando que “eu, de mim mesmo, nada faço” …”mas o Pai, que em mim está, faz as obras”. 

Não acreditava no antigo Deus Jeová que, sentado numa nuvem, tinha enorme barba e vestimenta branca. 

Jesus ensinava que “o reino de Deus está dentro de vós”.

Não fundou uma nova igreja, mas adicionou compreensão e amor à religião que já conhecia, e isto foi a fundação da Igreja Cristã.

Enquanto no Antigo Testamento era ensinado “olho por olho”, a nova igreja dizia: 
“ame seus inimigos”, “perdoe a todos até setenta vezes sete vezes”. 

Os hebreus acreditavam num Deus que recompensava o bem e punia o mal; a nova colocação dizia: 
“Nem eu, também, te condeno: vá e não peques mais”. 

Para expressar este pensamento com mais inteireza, foi dito: 
“A lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”.

Torna-se importante “concordarmos em discordar” das igrejas de até agora, sejam quais forem.

Nós temos deixado o Deus pessoal de todas as igrejas para aceitarmos como nosso Deus a Verdade, o Princípio, a Mente impessoais. 

Temos deixado o antigo conceito de prece (que ora a Deus por saúde, riqueza, etc) para adotarmos o conceito mais elevado: 
"A verdadeira oração não é pedir amor a Deus; é aprender a amar e a incluir o gênero humano numa só afeição".

Oração é a utilização do amor com o qual Ele nos ama. Faz descobertas novas e científicas de Deus, de sua bondade e poder. Ela nos mostra mais claramente do que antes víamos, o que já temos e o que somos; e, mais do que tudo, nos mostra o que Deus é.

Progredindo nessa luz, nós a refletimos; e esta luz revela as puras imagens da Mente em oração silenciosa, assim como a fotografia revela a luz solar para retratar a face de um pensamento agradável”.

Nós também abandonamos o antigo conceito do homem como mortal, às vezes bom e às vezes mau, ocasionalmente saudável e na maior parte das vezes enfermo. 

Nós reconhecemos somente o homem espiritual, a manifestação do ser divino; a eterna expressão da Vida, livre e incorpórea.











sábado, 30 de julho de 2016

EU VIM - JOEL GOLDSMITH










Se disser que Deus é onisciência, onipotência e onipresença, ou que Jesus é onisciência, onipotência e onipresença, não fará nenhuma diferença, pois estará considerando Deus e Jesus separadamente do “Eu” que você é.



Quando considerar que “Eu o Pai somos um”, sabendo que este “Eu” é onisciência, onipotência, onipresença, você, nesta UNIDADE, será infinito. 

Nesta UNIDADE, o “Eu” de seu Ser será imortalidade. E poderá verificar a diferença que se fará notar em sua vida diária.

A cada reconhecimento do “Eu”, você estará demonstrando a presença de Deus. 

Feche os olhos; volte-se internamente em atitude de “escuta”: 
Deus Se revelará. Deus revelará Sua Presença em seu âmago; mas será você quem Lhe deverá abrir caminho; terá de esvaziar recipientes já cheios; terá de entrar no silêncio sem quaisquer conceitos.

Pensar que Jesus, ou algum místico, “falava de si mesmo”, ao revelar o “Eu”, é enorme erro. 

Quando o Mestre disse “Eu”, referia-se àquele “Eu” que está em seu Centro, o que dava sentido a uma das maiores passagens das Escrituras: “Eu vim para que tenham vida, e que a tenham com abundância”. 

Se você lembrar que esta passagem está se referindo ao “Eu” que está em seu Centro, nunca mais temerá por sua vida, por seu suprimento, por sua felicidade ou por sua segurança. 

Para este “Eu”, em seu interior, é que você deverá olhar, e para nenhum outro. 

Deixe o divino “Eu” viver sua vida, vivendo conscientemente no “Eu” de seu próprio íntimo, no “Eu” que você declara ter vindo para que você tenha vida infinita, abundante e eternamente. 








                       Joel S. Goldsmith

sexta-feira, 29 de julho de 2016

RECONHEÇA A NATUREZA DE FALSAS CRENÇAS (ERRO) - E ADQUIRA MAESTRIA - JOEL GOLDSMITH





A Maioria das pessoas aceita essas crenças universais na sua forma aparente, e depois sua experiência de Vida é influenciada por elas. 

Nós, entretanto, precisamos treinar para não a aceitar as crenças do mundo: não aceite essa sugestão de sessenta anos mais dez, não aceite a sugestão de que uma moléstia é perigosa ou séria. Lembre-se, trata-se apenas de uma sugestão.




Qualquer crença pode ser posta de lado, mas o mesmo pode acontecer com uma lei de Deus – ESPÍRITO. 

A Lei de Deus é Vida Eterna.



A lei de Deus é : “Tudo o que eu tenho é teu” – toda eternidade, toda imortalidade.


Isso não pode ser posto de lado, mas tornando-se uma lei dentro do seu próprio ser através da compreensão de que o seu é um domínio dado por Deus, a crença de que você tem que morrer em qualquer ocasião específica pode ser posta de lado – quer seja um médico que diga isto, quer seja a Bíblia com seus sessenta anos mais dez, quer seja as estrelas que o digam.

Deus deu ao homem o domínio sobre as coisas da terra, sobre as águas, sobre as estrelas, sobre os céus. 

Deus deu a você, que é o Seu próprio SER individualizado, o domínio, mas você precisa exercer conscientemente esse domínio e não ficar quieto e deixar que as crenças universais atuem sobre você.

Lembre-se de que essas crenças, essas crenças universais – sejam médicas ou teológicas – agem realmente sobre você, até que sua consciência as ponha de lado.

Em outras palavras, a cada dia do ano você está ficando mais velho e, a menos que esteja conscientemente trabalhando essa crenças percebendo que “Minha Vida é Deus e, portanto, não tem idade”, você passa a ser influenciado por essa crença humana acerca da idade e chegará ao lugar que é conhecido como mudanças de vida, e por fim mostrará sinais de idade, porque passará através de todas as várias fases da vida de acordo com as crenças da medicina, até que você mesmo, conscientemente tome posse da sua vida através do domínio dado por Deus – Espirito e compreenda: “Não! Minha Vida é Deus! Idade e mudança são apenas crenças ou sugestões médicas e não tem de agir sobre a minha consciência ou através delas”.

Milhares podem tombar à sua esquerda e dezenas de milhares à sua direita –se não se ativerem a esta Verdade Universal.

Todos têm o direito, seja por escolha, seja por ignorância, de passar a vida à sua própria maneira. 

Você tem o direito de ater-se à sua própria maneira de existência e determinar o seu curso e o faz desta maneira: Quando surgir qualquer forma de erro, esteja seguro de que o reconheces pelo que ele é, de modo que ele não o engane. 

Não deixe que o erro faça você aceitar uma pessoa doente ou pecadora e depois tentar reformá-la ou curá-la. Se você fizer isso, será um cego guiando outro cego.

A única diferença entre um prático e um paciente é que o prático não pode ser hipnotizado para acreditar que o seu paciente é um ser humano. 

O Prático sabe que, apesar das aparências, seu paciente é Deus aparecendo como ser individual, e o prático não aceitará outra coisa além disso. 

Da mesma maneira, o prático não aceitará uma pessoa doente, uma pessoa mentalmente perturbada ou pecadora como paciente. Sua resposta sempre será: “Para trás, Satanás"*! 

Você é apenas um falso sentido tentando fazer com que eu o aceite como realidade. Eu o conheço: portanto, pode tirar a sua máscara.

Pela REINTERPRETAÇÃO e pela IDENTIFICAÇÃO CERTA, você pode verdadeiramente chegar a um estado de consciência em que a vida se torna, não um processo mental, mas um olhar para fora e uma visão de Deus, uma visão de que tudo está bem com o mundo. 






* Satanás são os pensamentos humanos, ou seja,  são as falsas crenças









quinta-feira, 28 de julho de 2016

IDENTIFICAÇÃO CERTA E REINTERPRETAÇÃO - JOEL GOLDSMITH



Nunca esqueça que esta sua Vida é Deus, e se ela lhe parece jovem ou velha, doente ou sadia, boa ou má, isso é apenas Deus aparecendo para você, porém interpretado de forma incorreta por você, que é quem deve reinterpretar a cena.


De nada adianta sair por aí dizendo: "Ó, eu sei que não existe velhice, doença, ou mal no Céu: mas o que dizer da Terra"?

Céu e Terra não são dois lugares diferentes: Céu e Terra são uma única e a mesma coisa.

A Terra é o nosso conceito mortal do Céu, e Céu é a nossa percepção real da Terra.

Em outras palavras, o Céu é a Terra compreendida em sua verdadeira dimensão.

Agora acompanhe cuidadosamente estes dois pontos importantes: Identificação certa, que significa Deus aparecendo como vida individual, o Um aparecendo como muitos, ou Deus, Vida aparecendo como ser individual; e reinterpretação, que significa olhar o doente, o pecador, a humanidade que está morrendo, e traduzindo essa aparência pela compreensão de que, desde que Deus é tudo, isso é parte da totalidade de Deus que está sendo mal-apreciada, vindo como uma sugestão falsa, que precisa ser reinterpretada.

Estes dois pontos importantes precisam acompanhá-lo desde a manha até a noite e da noite até a manhã - IDENTIFICAÇÃO CERTA E REINTERPRETAÇÃO.

Reinterprete tudo o que você vir, ouvir, degustar, tocar e cheirar. Reinterprete!

Traduza-o para o seu estado original que é DIVINDADE.

Pratique a identificação certa.. Saiba que tudo quando lhe aparece é Deus aparecendo - Deus aparecendo como planta, animal ou colheita.

O que o olhar humano vê é a concepção errônea daquela ideia divina.

O que o olho humano vê, ou o que o ouvido ouve, é o quadro falso apresentado por esta coisa chamada hipnotismo ou sugestão, a mesma ilusão que faz como os trilhos se juntem na distância ou que o céu repouse sobre as montanhas.

Não faz diferença que nome ou termo você use para designar o erro. Apenas se assegure de que não está tentando ser tão absoluto a ponto de estar disposto a reinterpretar o que aparece para você na cena humana.

Para o discípulo sério, o capitulo mais importante de O Caminho Infinito é o “Novo Horizonte”, porque nele pode ser encontrada a explicação da reinterpretação daquilo que você vê.

Em outras palavras, esse capítulo explica claramente que toda a cena humana é uma sugestão mesmérica, e esta sugestão de um ser separado de Deus que você é solicitado a reinterpretar.

Depois de você ter praticado isso durante algum tempo, tal coisa se torna automática para você ver pessoas e eventos, traduzi-los e reinterpretá-los, e vê-los como realmente são, sem qualquer circunvolução mental.

Essa é razão pela qual é necessário tão pouco tratamento neste trabalho. No mesmo momento que uma pessoa, lugar ou condição se apresenta a você, imediatamente deve vir a compreensão: “Eu conheço a você! Você é Deus aparecendo!

E, se se tratar de uma aparência pecaminosa, você pode reinterpretá-la lembrando-se: “Isso não é senão um sentido falso de Deus aparecendo. Isto é sugestão, o sentido humano das coisas, e é puramente ilusório”.

Dessa forma, você aprende a não lutar ou batalhar, mas gradualmente você aprende a entrar em unidade com a Realidade.








                      Joel S. Goldsmith



quarta-feira, 27 de julho de 2016

ATITUDE MÍSTICA DE CURA - JOEL GOLDSMITH





Você tem se defrontado com um problema e pensado sobre como encará-lo?


Então, neste instante, terá se esquecido da existência de um único poder, e de que tal compreensão elimina a necessidade de encarar algo como um problema.


Você tem sido chamado para resolver o problema de alguma pessoa, e ficado a imaginar se possui suficiente compreensão ou suficiente poder divino?

Caso esteja assim agindo, está revelando, nesse momento, que não conheceu a Verdade.

Não é o seu conhecimento da Verdade ou o Poder de Deus que enfrentam problemas, mas sim a realização de Deus como sendo o único poder. 

Nesta compreensão, não há problemas a serem enfrentados, não há leis a serem dominadas e não há males a serem superados. Tudo não passa de ilusão dos sentidos.

Tendo lido os textos de O Caminho Infinito, mesmo por curto período, você já deve saber que “Deus É", e isto lhe basta, pois, sendo Deus infinito, não pode haver coisa alguma além ou ao lado de Deus.

Como Deus é onipresente, não existe nenhuma outra presença maligna ou de natureza destrutiva.

Como Deus é onipotente, não há poderes do mal com que lidar, e nem mesmo pensamentos malignos.

Como Deus é onisciente, Deus é Todo-conhecedor, e nada mais há para você saber ou realizar sobre alguma coisa, exceto repousar nesta percepção de Deus como “aquele que É”.

Você tem acreditado que através de pensamentos, mesmo os de natureza espiritual, a harmonia do reino de Deus pode se modificar? ou um reino mítico pode ser destruído?

Quando você se senta em meditação, prece ou tratamento, você se compenetra de que sua única função é habitar "no que “É”?

Deus é amor; você não irá fazer com que Deus se torne amor, ou fazer com que Deus ame. 

Deus é vida; você não irá salvar a vida de alguém ou evitar a morte de alguém.

Você irá conhecer a Verdade libertadora. Do que ela nos liberta?

Da ignorância e da superstição, da crença num poder apartado de Deus. 

Se estiver buscando a Deus por algo, ou por alguém, será você quem estará acreditando em poder apartado de Deus.

Os seus períodos de prece ou tratamento são de quietude? Um habitar no Verbo que Deus É? Ou você estaria tentando fazer algo referente a alguma coisa? 

Estaria você tentando conseguir de Deus que Ele fizesse algo, no que diz respeito a alguma pessoa ou coisa? Ou você estaria habitando "naquilo que É”?

Deus É; Eu Sou: saber isto lhe será o bastante. Você permanece ainda temeroso, devido ao seu “paciente”, aluno ou filho?

Então dê a si mesmo o "tratamento", até elevar-se à percepção de que, apesar de todas as aparências do mal, vistas na terra, nenhuma delas tem mais realidade do que uma ilusão qualquer.

Como há suficiente Graça divina e Maná divino para atender às necessidades de cada momento, o seu conhecimento desta Verdade promoverá a remoção de suas dúvidas e temores, fazendo com que seu “paciente” responda instantaneamente à sua percepção de que “Deus É”.

A Graça de Deus não depende de coisa alguma, e isto significa que todo estudante está suficientemente avançado para se defrontar com qualquer necessidade, bastando-lhe a compreensão dos princípios de O Caminho Infinito: o princípio da “É-dade” de Deus - DEUS É, e o princípio da "imediata disponibilidade da Graça e do Maná divinos", para dar o atendimento pleno a cada instante.

Em cada período de meditação, prece ou tratamento, relaxe todos os esforços mentais, pois eles apenas lhe trariam frustrações, ou agiriam como barreiras para sua percepção da instantaneidade da paz, harmonia e plenitude espirituais.

Entre, de uma vez por todas, na quietude e no silêncio, e ouça a “pequenina voz suave”, porque quantidade alguma de pensamentos será de benefício para alguém.













terça-feira, 26 de julho de 2016

DEUS APARECE COMO: SAUDE, SUPRIMENTO, MORADIA , PROTEÇÃO E ALIMENTO - JOEL GOLDSMITH






DEUS - SUBSTÂNCIA ESPIRITUAL INFINITA E PERFEITA APARECE COMO: SAUDE, SUPRIMENTO, MORADIA , PROTEÇÃO E ALIMENTO




Deus é a “minha saúde”. Se isso for verdade, não devemos andar em busca de um Deus que seja um grande poder para eliminar doenças. 

Quando nos identificamos conscientemente com Deus, então Sua Presença, realizada em nós, já é a nossa saúde. 

Essa Presença não restabelece a saúde, nem contribui de qualquer forma para a saúde: Ela é saúde. Deus é saúde, e além dEle não há outra saúde. 

É sempre inútil tentar obter saúde. Mas, ao entrarmos em contato com Deus, constatamos que Ele é a nossa saúde.

Apesar de todos os ensinamentos em contrário, Deus não nos dá suprimento, não envia suprimento, não traz suprimento a ninguém.
Deus é suprimento. 

Quando sentimos a presença de Deus, estamos em posse de todo o suprimento que existe, porque não há outro além dessa Presença.

A presença de Deus, que é o verdadeiro suprimento, é tudo o que devemos querer ou desejar, porque quando a sentimos, constatamos que todas as coisas estão nela inclusas.

Não há Deus e suprimento: Deus é suprimento e, e quando temos Deus, temos suprimento ilimitado.

Jamais devemos crer que Deus conseguirá uma casa bonita e confortável para morarmos. Deus é nossa moradia. Nós não devemos desejar uma casa ou que Deus a obtenha para nós.

Tudo o que devemos desejar é o próprio Deus.
E assim constataremos que quando temos Deus, teremos onde morar - uma casa bonita, uma habitação prática e muito bem situada.

Se estamos tentando achar uma casa separada de Deus - ou tentando achar uma por meio de Deus - poderemos nos surpreender com a demora que se dará para consegui-la. 

Entretanto, quando abandonamos o desejo de um lar, ou de uma casa, e alimentamos unicamente o desejo de conhecer a Deus corretamente, nosso lar ou casa aparecerá automaticamente, porque Deus é a nossa moradia. Só existe um lugar onde deveríamos viver, que é em Deus. 

Devemos viver, nos mover e ter o nosso ser em Deus,deixando de desejar residir em lugares, casas, cidades ou povoações, mas enfocando nossa atenção numa única coisa: "Deus é minha habitação. Minha única necessidade é Deus – não um lugar onde morar, mas Deus. Quando tenho Deus, não só tenho onde morar, como também tenho tudo o que é necessário para montar uma casa e mantê-la."

Assim também é com relação à proteção ou segurança. Pedir tais coisas a Deus é perder tempo. Deus é torre alta, o nosso alto refúgio, é a nossa fortaleza.

Se orarmos pela nossa identificação consciente com Deus, ou seja, com a sua onipresença, constataremos que mesmo quando andamos pelas ruas, sem qualquer proteção física, nossa proteção espiritual não permitirá que nenhum mal deste mundo se aproxime de nossa moradia. 

Como poderia isso acontecer, se nossa habitação é em Deus? Sofremos acidentes quando nossa moradia é em outro lugar. Mas, se vivermos conscientemente no esconderijo secreto do Altíssimo, se fizermos de Deus a nossa moradia, se fizermos de Deus nosso alto refúgio e fortaleza, se fizermos de Deus o nosso suprimento e a nossa saúde, então não necessitaremos andar em busca de lugares para morar, nem de fortalezas, saúde ou suprimento, porque Deus é todas essas coisas.

Deus não pode enviar saúde, não pode prover suprimento, não pode garantir segurança ou proteção, não pode dar nem mesmo sabedoria.
Deus é tudo isso. Desistamos, pois, de pedir essas coisas ou quaisquer outras a Deus, mas tratemos de conseguir entrar em contato consciente com Deus, somente com Deus, conscientizando Sua presença.

Então poderemos constatar que Deus se revela na vida prática, a tal ponto que, se estivéssemos numa floresta, e sem nenhum meio de conseguir alimento - como esteve Elias-, os corvos no-lo trariam; ou, ao acordarmos, encontraríamos pão sendo cozido sobre pedras, sob nossas vistas; ou, ainda, se nos encontrássemos num deserto e sem alimento - como se viu Moisés - cairia maná do céu para nós. 

Aliás, nenhum destes homens jamais se interessou por outra coisa que não fosse a sua própria identificação consciente com a presença de Deus.

A multiplicação dos pães e peixes não foi efetuada pelo Mestre. Ele nada mais fez senão voltar-se interiormente para o céu. 

Em outras palavras, compenetrou-se da presença e da graça de Deus, e então, automaticamente, os pães e peixes foram multiplicados. Nós não podemos multiplicar pães e peixes. O próprio Jesus não o fez. Ele apenas identificou-se conscientemente com Deus como Onipresença e Onipotência, e esse estado de autorrealização refletiu-se naquilo que compreendemos como sendo as coisas práticas da vida cotidiana.

Do mesmo modo, nós também, se necessitarmos de emprego, seremos conduzidos de forma a encontrá-lo, se necessitarmos de uma casa, seremos levados a encontrar o que parecerá ser o nosso lar, se necessitarmos de amigos, parentes, ou de alguém para nos ajudar, tudo nos será proporcionado.

Não procures Deus por um lado e suprimento por outro, nem suprimento e Deus; sobretudo, nunca procures usar Deus como um meio para conseguires uma casa, companhia ou saúde, porque isto seria pretender fazer de Deus um servo. Ele nunca poderá ser isso. Jamais poderás servir-te de Deus, a Verdade; mas Deus, a Verdade, é que te pode usar.


Deus, a Verdade, pode manifestar-se em ti e através de ti.






segunda-feira, 25 de julho de 2016

AMOR E SUPRIMENTO ESPIRITUAL - JOEL GOLDSMITH





"Eu e o Pai somos um".


Na percepção desse relacionamento, deixo o Infinito Invisível trazer-me dos céus, das nuvens, do ar, da terra, de toda parte do universo, tudo o que for necessário ao meu desenvolvimento.

Mas, este não seria o "seu" suprimento, ou o "meu", pois isto denotaria limitação. O simples uso de "seu" e "meu" encerraria uma limitação.

Podemos usar a palavra "meu" de início; mas, pela expansão da consciência, perceberemos que a Verdade, por ser universal, faz com que a Autocompleteza seja válida igualmente para todos os homens.

Quando falamos do sol ou da lua, não dizemos "meu" sol ou "minha" lua, "seu" sol ou "sua" lua. Falamos do sol como luz universal a brilhar para o santo ou pecador, para o branco ou negro, oriental ou ocidental, judeu ou gentio.

Por fim, passamos a encarar o suprimento sob este enfoque,sem o rotularmos de "meu" ou "seu", pois, se o considerarmos como pessoal, estaremos tornando-o finito, transformando-o em conceito material, em vez de entendê-lo como verdade espiritual.

Se quisermos falar verdadeiramente sobre suprimento, deveremos abandonar todo e qualquer senso pessoal de posse; deveremos eliminar todo conceito de limitação, deixando de alegar que isto ou aquilo seja "meu" ou "seu".

"Do Senhor é a terra, e tudo que ela encerra"..."Filho, tu estás sempre comigo, e tudo que é meu é teu".

Não devo ser egoísta ao extremo de acreditar que estas palavras sejam dirigidas apenas a Joel.

Devo entender que estão endereçadas aos filhos de Deus.

Se personalizá-las de algum modo, acreditando que Deus as está dirigindo somente a mim, que estarei fazendo de você?

E, se excluísse um de vocês, mesmo o maior pecador, estaria excluindo a mim próprio, pois existe somente o infinito Eu divino, sendo este EU Automantido, além de englobar a totalidade da Existência.

O conceito material de suprimento o personaliza!

Ao falarmos em suprimento como "seu" ou "meu", ele estará sendo visto como limitado; porém, ao pensarmos na totalidade do suprimento como pertencente o Pai, ele será infinito!

Porque há tantas pessoas limitadas?
A resposta é única: o mundo retém um conceito pessoal de suprimento. Enquanto esta ideia perdurar, haverá limitação. 

De fato, inexiste carência e inexiste abundância. Existe somente esta ou aquela pessoa experienciando individualmente a carência ou a abundância.

Suprimento é espiritual; portanto, é infinito!
Se nos abrirmos à Graça de Deus, todo suprimento necessário nos será acrescentado.

Mesmo quem não tiver sido ensinado a viver espiritualmente, se abrir a consciência para expressar o amor humano, deixando a concha em que vinha vivendo, terá abundância, desde que parta para a doação, aprendendo a compartilhar, a servir e a ser mais amigos.

Nunca duvide do seguinte: quem está sem receber o suprimento está, de algum modo, barrando-o ele próprio. E esta ação difere de pessoa para pessoa.

Certas pessoas adoram se vangloriar, o que é tremendo contra-senso!

Outras jamais entenderam o sentido real da gratidão, desconhecendo o que é dar, compartilhar, amar.

Não falo de doação feita a filhos e familiares, mas da doação impessoal.

Tais pessoas estão barrando o fluxo do suprimento, pois, embora ele esteja encostado rente à porta, é incapacitado de ultrapassá-la, a não ser que a pessoa abra a própria consciência.

De uma maneira ou de outra, aqueles que estão carentes de suprimento, eles próprios se colocaram nessa condição, por terem fechado a porta à consciência infinita. 

Esta atitude não é tomada premeditadamente, mas sempre ignorantemente.

Muitos casos chegaram ao meu conhecimento de pessoas que concluíram serem elas próprias que estavam barrando seu suprimento por jamais darem ou compartilharem coisa alguma; assim, passaram a praticar o dízimo e mudaram completamente de situação, mesmo sem terem atingido o nível mais elevado de realização espiritual, mas apenas à nível de ajudar e dividir com o próximo.

Não existe uma forma única de se experienciar abundância: há provisão em todo nível de consciência. 

A demonstração máxima, entretanto, é a conscientização da presença de Deus. Isto é que atende a todas as tuas necessidades.

No nível místico de consciência, jamais devemos permitir que a mente se prenda ao suprimento como sendo ele algo a ser buscado, conquistado ou merecido. 

Suprimento é a conscientização de que o Eu, em vosso interior,"veio para que tivéssemos vida, e vida em abundância".

Começaram a notar a diferença entre os dois mundos?

O mundo exterior, em que parece que vivemos em coisas que são externas, e o mundo interior, em que mesmo as coisas que parecem vir de fora são, realmente, expressadas pelo Espírito que está dentro de nós?

Permaneçamos na Verdade de que a nossa vida invisível é que nos atrai do exterior o que for necessário à nossa experiência individual.

Seja qual for o segmento da vida que estivermos considerando, jamais deveremos esquecer o grande princípio da IMPERSONALIZAÇÃO.

Não é certo que cada confusão em que temos entrado se foi causada por termos personalizando Deus ou o erro?

Agora, deveremos dar outro passo e impersonalizar o suprimento, de tal forma que desapareça a ideia de "meu" ou "seu" suprimento: existe a Autocompleteza, Autodesdobramento, Autocorporificação da totalidade.

Na percepção de nosso relacionamento de unicidade, são encontradas completeza e totalidade.

Esta unicidade com o Pai é minha plenitude, minha completeza, mas não implica que seja algum "meu" separado do "seu".

Você possui a mesma plenitude, a mesma completeza, a mesma perfeição.

Apenas terá de despertar para ela, e assim faremos em proporção à nossa capacidade de impersonalizar Deus, impersonalizar o erro, impersonalizar o suprimento e impersonalizar o amor.

A forma única de impersonalizarmos o amor e expressarmos divino amor está em sabermos que não temos poder nem para dar nem para reter qualquer coisa. Podemos meramente ser instrumentos pelos quais a coisa acontece.

Apesar de tudo que conhecemos, humanamente seremos tentados a dar ou a deixar de dar amor em função de preferências pessoais. A dar mais "aqui" do que "ali". Tudo isso torna-se barreira à demonstração da real harmonia em nossas vidas. Cada um precisa reservar um período ao dia para ser uma transparência à ação do Espírito, para que Ele possa abençoar nosso lar, negócio, nação, sem qualquer influência de preferência pessoal.

Humanamente, talvez sintamos mais afeição por uns do que por outros. Mas são os outros os responsáveis pela diferenciação. Eu não poderia dar mais afeição humana àqueles não a dão nem a compartilham, pois seriam eles que estariam deixando de chamá-la para si.

Quem expressa afeição em grau máximo é o que a recebe em maior medida. Sob o ponto de vista humano, a verdade é esta e tenho que admiti-lo.

Este fato, entretanto, não me impede de, ao menos uma vez ao dia, buscar minha quietude interna para perceber que não posso dar amor a alguém ou represá-lo.

Estarei sendo a transparência pela qual a Graça de Deus envolve todas as pessoas de todos os lugares. A receptividade delas lhes trará a vida abundante, e a falta dessa receptividade as excluirá.

Serei responsável somente por "deixar a Luz brilhar". Abrir a porta da consciência para recebê-la será função de cada um.

Nossa maior contribuição ao mundo está não em prestarmos serviços pessoais a familiares.
Nosso maior valor é a medida com que nos sentamos, em quietude, para sermos uma clara transparência para o Amor de Deus fluir em nosso ambiente, negócio e nação. Isto é impersonalizar o amor, e é esse tipo de amor impessoal que atende às necessidades individuais e coletivas.

Em alguns níveis de vida humana, uma pessoa deverá ser humanamente mais amorosa, caridosa, benevolente, pois será este seu único acesso à paz e à harmonia. À medida que der, receberá. Aquilo que semear, ceifará - não, porém, em nível espiritual, onde a experiência máxima é amor divino, e este ninguém é capaz de dar ou de reter. Antes, é Algo que flui através de nós, e atua fora do nível humano.

O Suprimento é infinito; porém, é preciso haver receptividade.

Qualquer um diria: "Ora, eu receberei todo suprimento que você me der". Mas não é assim que a coisa funciona! Podemos ter todo suprimento que dermos. Mas a barreira encontra-se aqui: o não desejo de doação. Eis a causa da carência ou da limitação.

O povo faminto do mundo é culpado pela falta de alimento?
Não, não mais que nós mesmos, quando desconhecíamos esta verdade, ou quando nos culpávamos por não estar desfrutando de maior harmonia. 

Os que sofrem carência estão barrando o suprimento com a ignorância espiritual. Alguns se permitiram se tornar desamorosos; e, onde inexiste amor, inexiste abundância. Permitiram-se parar de desenvolver, separados e apartados de seus irmãos humanos. Criaram uma mentalidade de "receber" e não de "dar", inclusive o de receber em troca de nada! 

Esse tipo de ignorância, porém, não é falha deles. Estão hipnotizados! E este hipnotismo durará até que haja um despertar interior que os direcione a algo superior ao sentido material, rompendo de vez com esse hipnotismo universal.

Adquira o hábito de, diariamente, sentar-se quietamente, sem dar amor humano a ninguém, e, por outro lado, sem conservar qualquer emoção negativa como ódio, inveja, ciúme, malícia, vingança ou indiferença. Abandone tudo isso, inclusive o desejo de amar alguém. 

Sente-se quietamente, por um momento, e deixe que o Espírito de Deus, o Amor divino, flua através da sua consciência para a seu lar, família, vizinhos, cidade, estado, comunidade, nação e, finalmente, o mundo.

"Tua Graça é a suficiência deste mundo. Deixo Tua Graça estar sobre o mundo e ser realizada em toda consciência humana. Deixo Tua Graça ser estabelecida assim na terra como o é no céu".

Depois, permaneça silencioso por alguns momentos, enquanto há o fluxo do Espírito. Você não terá dado amor algum; nãoterá retido amor algum; não terá sido desamoroso: terá simplesmente permanecido quieto, permitindo à "suave e pequenina Voz" ser ouvida por toda consciência humana a Ela receptiva.








                        Joel S. Goldsmith


domingo, 24 de julho de 2016

O SUPRIMENTO- PARTE 2 - JOEL GOLDSMITH




Em certo momento dizemos que não devemos nos preocupar quanto ao nosso suprimento ou a nossa saúde e, no momento seguinte, dizemos que precisamos "orar sem cessar" e "conhecereis a verdade e a verdade-vos libertará". 

Embora isso pareça contraditório, ambas as afirmações estão corretas, mas elas têm de ser compreendidas.


Há sempre uma crença de "bem humano" em operação — uma lei de estatísticas, e dela nós extraímos nosso benefício material. 

Nas vendas de porta em porta, há geralmente uma média de uma venda a cada vinte visitas; nas propagandas de mala-direta, há um retorno médio de dois por cento; no dirigir veículos, é dito que a regra estipula uma certa porcentagem de acidentes; as companhias de seguro de vida possuem uma tabela de expectativa de vida, e, baseando-se nessas médias, elas podem lhe informar a cada instante quantos anos de vida ainda lhe restam.

Viver humanamente, isto é, seguir ao longo do dia-a-dia permitindo que estas médias nos afetem, permitindo que crenças humanas operem sobre nós, não é um modo de vida científico. Isso tudo faz parte da crença em existência humana, e, a menos que façamos algo especificamente a esse respeito, ficaremos expostos a estas chamadas leis de saúde ou econômicas.

Estas sugestões, que realmente não passam de crenças, são tão universais que agem de modo hipnótico, e tendem a produzir efeito sobre os menos avisados, trazendo-lhes limitações.

O que nós podemos fazer para nos manter livres de tais sugestões e vivermos acima delas? 
Em primeiro lugar temos de viver em um plano de consciência mais elevado. Tanto quanto possível, temos de nos exercitar no conhecimento de que qualquer coisa que exista no campo do efeito, não é uma causa, não é criativo, e não tem poder sobre nós. 

E isso nos leva ao importante ponto da sabedoria espiritual: eu sou a lei, eu sou a verdade, eu sou a vida eterna. Ora, uma vez que eu sou consciência infinita e a lei, nada do mundo exterior pode agir sobre mim e se tornar uma lei para mim. Não há nada que nos possa infligir sofrimento, a não ser a aceitação da ilusão como realidade. 

As coisas chamadas pecado e a doença não são coisas pelas quais temos de sofrer: são formas assumidas pelo erro. Independentemente do nome que lhe dermos, elas são só hipnotismo, sugestões, ilusões se apresentando como pessoas, lugares ou coisas — se mostrando como pecado, doença, necessidade ou limitação.


Não devemos viver como se fôssemos "efeito", com alguma coisa operando sobre nós. 

Lembremos de viver como a Lei, como o Princípio do nosso ser. Podemos assumir os nossos negócios só na medida de nossa percepção consciente de que estes são efeitos de nossa própria consciência, a imagem e semelhança de nosso próprio ser, a manifestação ou expressão do nosso Eu divino — e só então seremos a lei que os governa.

Temos de começar nosso dia com uma reflexão sobre nossa verdadeira identidade. 

Temos de nos identificar como Espírito, como Princípio, como a Lei que atua em nossas coisas.

É coisa muito necessária relembrar que não temos necessidades: somos consciência espiritual, individual, mas infinita, corporificando dentro de nós mesmos a infinitude do bem; por isso, somos o centro, o ponto da Consciência divina que pode alimentar cinco mil pessoas a cada dia, não usando nossa conta bancária, e sim a infinitude do bem que jorra através de nós, assim como o fazia através de Jesus.

Não vamos de encontro às pessoas pensando no que podemos delas obter ou no que elas possam fazer por nós — apenas vamos para a vida como para a presença de Deus.

Ao longo do dia, quer estejamos fazendo trabalho doméstico, dirigindo o carro, comprando ou vendendo, temos sempre de nos conscientizar que nós somos a lei do nosso universo, o que significa sermos a lei do amor para com todos que fazem contato conosco. 

Devemos lembrar conscientemente de que todos os que entram na esfera de nosso pensamento e atividade devem ser abençoados por este contato, pois nós somos a lei do amor; somos a luz do mundo. 

Lembremos de que não precisamos de coisa nenhuma, pois que somos a lei do suprimento em ação — podemos alimentar "cinco mil" daqueles que ainda não sabem de sua verdadeira identidade.

Existe a crença da separação entre nós e Deus — nosso bem — e nós a corrigimos quando reconhecemos que "Eu e o Pai somos um; tudo o que o Pai tem é meu; o lugar onde eu estou é solo sagrado". 

No reconhecimento da infinitude do nosso ser, percebemos as verdades da Bíblia, percebemos a verdade de suas promessas. Já não se trata de citações, mas de afirmações de fatos, e isto nos traz até a linha demarcatória entre "conhecer a verdade" e "não nos preocupar".

Percebemos agora a verdade como algo assentado em nossa própria consciência — a realidade do nosso ser. 

Não nos preocupamos em atrair algum bem; não estamos nos dando algum tratamento para que nos aconteça algo, mas percebemos a verdade, a realidade de nossa identidade, de nossa unidade com o Infinito, com nossas infinitas possibilidades. 

A razão para perceber e conhecermos esta verdade é que através dos tempos sempre nos reconhecemos apenas como homens — como algo diferente de ser divino — e a menos que, diária e conscientemente, lembremos da verdadeira natureza do nosso ser, recairemos sob a crença geral de que somos algo separado e longe de Deus.

Existe uma crença de que estamos separados das pessoas, que na realidade são parte de nosso ser como um todo; ou a ideia de que sejamos separados e distantes de certas idéias espirituais necessárias à nossa auto-realização, idéias que se apresentam como pessoas, textos, lar, amizades ou oportunidades. 

Esta crença de separação nós corrigimos com a percepção de que nossa unidade com Deus constitui nossa unidade com cada uma das ideias. Temos um bom exemplo com o telefone. Através do meu telefone eu posso fazer contato com qualquer outro telefone ou lugar do mundo, mas não posso falar nem ao meu vizinho pelo telefone sem que a ligação passe pela central. Se então eu estabelecer meu contato com a central, serei um com todos os telefones. 

Pelo conhecimento de nossa unidade com Deus, o Princípio infinito, o Amor, encontramos e manifestamos nossa unidade com todas as idéias necessárias à expansão de nossa "completeza".

Nunca esqueçamos de que não podemos viver cientificamente como homens ou como ideia, mas que devemos perceber que somos Vida, Verdade e Amor. Devemos aceitar a revelação de Jesus sobre o "Eu sou" até que se torne realizada em nós.

Paremos de tentar aplicar a Verdade: tal tentativa de aplicar a Verdade nada mais é que uma ação do pensamento humano. 

A Verdade é infinita e, por isso, não há nada a que possamos aplicá-la. Ela é a realidade do ser, e não há nada exterior ou interior sobre o que ela possa agir: a Verdade age e trabalha por si própria, ou seja, é auto-operante.

Estamos todos envolvidos em atividades que aparentemente fazem o suprimento vir até nós. 

Independentemente de se tratar de um negócio, uma profissão ou uma arte, o que está em atividade é Consciência.
Vista desse modo, nossa atividade é amorosa e inteligentemente dirigida e amparada. E mesmo mais do que isso: como uma emanação da Consciência, é a Consciência em Si mesma manifestando individualmente o próprio ser, natureza e caráter. 

A direção está a Seu cargo, e só a Consciência é responsável. Aprendemos a não nos envolver e a deixar que Deus, a Consciência, assuma Suas responsabilidades.

Lemos na Bíblia sobre os esforços e atribulações de Elias. Se o acompanharmos pelo capítulo dezoito de I Reis, compreenderemos que apenas a consciência da presença de Deus, do Espírito dentro dele, poderia ter feito aquelas grandes coisas. Nenhum poder humano poderia tê-lo conseguido.

No capítulo dezenove encontramos o desânimo despontar naquilo que aparece como o fracasso do ministério de Elias. Na realidade, esta foi uma oportunidade dada a Elias para que comprovasse que o poder não era de um ser humano, mas que era de fato o poder de Deus se manifestando como em homem, Deus se mostrando como ser individual.







sábado, 23 de julho de 2016

O SUPRIMENTO - PARTE 1 - JOEL GOLDSMITH







O segredo do suprimento encontra-se no capítulo décimo segundo de Lucas:


E ele disse aos seus discípulos: "Portanto eu vos digo, não vos preocupeis com a vossa vida, com o que haveis de comer; nem com o vosso corpo, com o que o cobrireis. A vida é mais que o alimento, e o corpo é mais que a vestimenta.

Considerai os corvos: eles não semeiam nem colhem; eles não têm dispensa nem celeiro; e Deus os alimenta: quanto mais vaieis vós que as aves?

E qual de vocês, com toda solicitude, pode acrescentar um cúbito à sua estatura? E se, pois, não sois capazes de fazer estas pequenas coisas, por que vos preocupais com as outras?

Considerai os lírios, como eles crescem: eles não fiam nem tecem; e na verdade vos digo que nem Salomão, em toda sua glória, jamais se vestiu como um deles. E se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada ao forno, quanto mais vestirá a vós, homens de pouca fé? Não pergunteis pois o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, nem andeis na dúvida. Pois todas as gentes das nações do mundo buscam estas coisas: e vosso Pai sabe que delas haveis mister. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão dadas de acréscimo.

Não temais, pequeno rebanho, pois é do agrado do vosso Pai dar-vos o reino.”



Surge agora a questão: Como é possível "não nos preocupar" com o dinheiro quando as prementes obrigações devem ser satisfeitas? 

Como podemos confiar em Deus se ano após ano tais problemas financeiros nos afligem, geralmente não por falha nossa? 

Vimos na passagem de Lucas que o modo de resolver nossas dificuldades está em não nos preocuparmos com o suprimento, quer seja dinheiro, alimento, roupa ou qualquer outra forma. 

E o motivo pelo qual não precisamos estar ansiosos quanto a isso é que "é do agrado do vosso Pai dar-vos o reino", uma vez que Ele "sabe que delas haveis mister".

Para podermos entrar completamente no espírito de confiança desta passagem inspirada das Escrituras, temos de compreender que dinheiro não é suprimento, e sim o resultado ou efeito do suprimento. Não existe tal coisa como suprimento de dinheiro, de roupas, de casa, de automóvel ou alimento. Tudo isso constitui o efeito do suprimento, e se este suprimento infinito não estivesse presente dentro de nós, nunca haveria as "coisas dadas de acréscimo" em nossa vida. As coisas de acréscimo, naturalmente, são estas coisas práticas como dinheiro, alimento e roupas, que são tão necessárias neste estágio da existência.

E se dinheiro não é suprimento, que é este então? 

Façamos uma pequena divagação e observemos uma laranjeira carregada de frutos. Sabemos que as laranjas não constituem o suprimento, pois quando estas tiverem sido comidas, vendidas ou dadas, uma nova safra começará a brotar. 

As laranjas se foram, mas o suprimento continua, pois dentro da laranjeira existe uma lei em operação. Chame-a de lei de Deus, ou lei da natureza — o nome não é tão importante, mas o que importa é o reconhecimento da lei que atua na, através e como laranjeira. 

E esta lei opera internamente — através das raízes vêm os elementos minerais, nutrientes, água, elementos do ar; e mais a luz solar, que são então transformados em seiva. 

Esta, por sua vez, caminha tronco acima, é distribuída pelos ramos e finalmente toma expressão como flor. A seu tempo, esta lei transforma as flores em bolotas verdes e estas se tornam laranjas maduras. As laranjas são pois o resultado, ou o efeito da ação da lei na, através e como laranjeira. Enquanto esta lei estiver presente, teremos laranjas. A laranja, por si, não pode produzir outra laranja. E assim compreendemos que a lei é o suprimento e as laranjas seus frutos, os resultados, os efeitos da lei.

Dentro de mim e de você há também uma lei em operação — a lei da Vida — e a conscientização da presença desta lei é o nosso suprimento. 

O dinheiro e as coisas necessárias à vida diária são os efeitos da conscientização da atividade da lei interior. Esta compreensão nos permite desligar o pensamento do mundo exterior para habitarmos na consciência da lei.

Que é esta lei, que é nosso suprimento? 
A Consciência divina ou universal, a sua consciência individual — isto é a lei. E ela é de fato a nossa consciência. Assim, nossa consciência se torna a lei do suprimento para nós, produzindo a sua imagem e semelhança na forma de coisas necessárias ao nosso bem-estar. E assim como não há limites para a nossa consciência, tampouco há limites para a percepção consciente da ação da lei e, por isso, não há limites para o nosso suprimento em todas as suas formas.

A Consciência divina ou universal, nossa consciência individual, é espiritual. A atividade desta lei interior é também espiritual e, por isso, nosso suprimento, em todas as suas formas, é espiritual, infinito, sempre presente. Aquilo que vemos como dinheiro, alimento, vestimenta, carros ou casas representa a nossa interpretação dessa ideia. Nossos conceitos são tão infinitos como nossa mente.

Convenhamos que, assim como não precisamos nos preocupar com as laranjas, enquanto tivermos a fonte ou suprimento que produz continuamente os frutos para nós, também não precisamos mais nos preocupar com o dinheiro. Aprendamos a olhar para o dinheiro como olhamos para as folhas ou para as laranjas, como um resultado natural e inevitável da lei que age interiormente. 

Não há, de fato, razão para nos preocuparmos, mesmo quando a árvore nos pareça desfolhada, enquanto mantivermos a consciência da verdade de que a lei continua assim operando internamente, para nos dar os frutos de sua própria espécie. 

Independentemente do estado de nossas finanças em dado momento, não fiquemos preocupados ou aborrecidos, pois agora sabemos que a lei atua dentro de nós, através e como nossa consciência e trabalha, quer estejamos dormindo ou despertos, para nos prover das coisas "de acréscimo".

Aprendamos a olhar para os lírios e a nos regozijar com a prova da presença do amor de Deus por Sua criação. Observemos as andorinhas, quão completamente confiam na lei.

Regozijemo-nos ao ver as flores na primavera e no verão, que nos confirmam a divina Presença. Assim como aprendemos a nos alegrar com as belezas e generosidade da natureza sem o desejo de nos apoderar de qualquer coisa, sem o medo de que seu suprimento não seja infinito, assim também aprendamos a nos alegrar com o desfrute de nosso suprimento infinito — resultado do infinito repositório em nosso interior — sem nenhum medo de que alguma carência venha a nos perturbar.

Gozemos dessas coisas do mundo exterior sem, contudo, considerá-las como suprimento. 

Nossa conscientização da presença e da atividade da lei é nossa consciência de suprimento, e as coisas exteriores são as formas sob as quais nossa consciência se expressa. 

O suprimento interno se manifesta como as coisas externas de que necessitamos.